Juína/MT, 07 de Outubro de 2024
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07 de Outubro de 2024


ARTIGOS Segunda-feira, 18 de Março de 2024, 09:06 - A | A

Segunda-feira, 18 de Março de 2024, 09h:06 - A | A

A fisioterapia pélvica no tratamento da endometriose

Cibele Castro

A endometriose é uma condição na qual o tecido semelhante ao revestimento uterino, chamado endométrio, cresce fora do útero. Esse tecido pode crescer nos ovários, trompas de Falópio, intestinos ou em outras áreas da pelve. Vamos aproveitar a campanha Março Amarelo, de conscientização sobre a endometriose, para tratar sobre o tema.

Durante o ciclo menstrual, o tecido endometrial fora do útero também se torna espesso, se decompõe e sangra, mas, ao contrário do revestimento uterino, não pode ser descartado do corpo. Isso pode levar a dor pélvica intensa, especialmente durante a menstruação, além de problemas como infertilidade e dor durante o sexo.

A endometriose pode afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres e requer tratamento médico para gerenciar os sintomas.

A fisioterapia pélvica pode desempenhar um papel importante no manejo da endometriose, pois pode ajudar a aliviar a dor pélvica crônica e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

A endometriose pode causar espasmos musculares e disfunção no assoalho pélvico, levando a sintomas como dor durante o sexo, dor pélvica crônica e dificuldade para urinar ou defecar.

A fisioterapia pélvica pode abordar esses problemas por meio de técnicas como exercícios de fortalecimento, alongamento, massagem terapêutica e biofeedback, ajudando a relaxar os músculos tensos e melhorar a função do assoalho pélvico.

É importante que o tratamento seja personalizado para atender às necessidades específicas de cada paciente e complementar outras abordagens terapêuticas, como medicamentos e cirurgia, quando necessário.

Por ser uma doença de difícil diagnóstico, que leva em média 7 anos para ser concluída com êxito, muitas mulheres convivem há tempos com dores severas sem alívio significativo. Grande parte delas também teve seus sintomas desvalorizados ao menos uma vez na vida.

Essas experiências, somadas a frustração de tratamentos malsucedidos, podem deixar as pacientes desesperançosas.

É preciso ter ânimo e deixar o medo de tentar mais uma vez. A fisioterapia pélvica proporciona à mulher a oportunidade de ser a peça-chave para o próprio tratamento, algo que fortalece o vínculo entre a paciente e a equipe multidisciplinar.

Os resultados positivos da fisioterapia pélvica muitas vezes surpreendem as pacientes. O tratamento de distúrbios musculoesqueléticos melhora a qualidade de vida das mulheres, capacitando-as a lidar melhor com a endometriose.

Dra. Cibele Castro é fisioterapeuta pélvica e integra a equipe multidisciplinar do Instituto Eladium, em Cuiabá (MT).

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