Juína/MT, 08 de Outubro de 2024
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08 de Outubro de 2024


ARTIGOS Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2024, 09:28 - A | A

Quinta-feira, 01 de Fevereiro de 2024, 09h:28 - A | A

Evolução da quimioterapia no tratamento do câncer de mama

Novos medicamentos auxiliam na diminuição dos efeitos colaterais impactando positivamente na rotina das pacientes

Oncomed MT

Câncer de mama. Combinação de palavras que por si só transmite medo, é a confirmação de um diagnóstico que cerca de 74 mil mulheres terão anualmente no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estigmatizada junto à doença, uma das modalidades de tratamento, a quimioterapia, também faz parte do grupo de palavras que, no imaginário social, traz anseios, mas que vem sendo desmitificada graças à evolução da ciência e da tecnologia. Com medicações e protocolos cada vez mais precisos e eficazes, a quimioterapia é uma das grandes aliadas no tratamento do câncer de mama.

Na busca por melhores resultados, a priorização da qualidade de vida das pacientes tem norteado a evolução das terapias. No caso da quimioterapia, que é um tratamento sistêmico, com atuação no corpo inteiro, um dos desafios é a diminuição dos efeitos colaterais. Comuns ao procedimento, sintomas como náusea, diarreia, vômito e queda de cabelo, entre outros, antigamente impactavam de forma mais incisiva a rotina da paciente oncológica.

Os efeitos colaterais surgem, sobretudo, porque os quimioterápicos utilizados não conseguem diferenciar células saudáveis das acometidas pelo tumor, atingindo igualmente todas. Com o passar do tempo, no entanto, diversas melhorias vêm sendo alcançadas neste contexto. “Junto aos quimioterápicos, também evoluíram as condutas de diminuição dos efeitos colaterais. Hoje, elas são utilizadas antes, durante e depois das sessões. Existem maneiras, por exemplo, de prevenir e atenuar desconfortos gastrointestinais, o que ajuda muito a paciente a passar pelo período de quimioterapia”, observa o oncologista clínico da Oncomed-MT, Gabriel Zanardo (CRM 5968-MT / RQE 3846).

A evolução da tecnologia nas medicações também tem propiciado a manutenção da rotina feminina, que deve, sempre que possível, ser seguida normalmente durante o tratamento oncológico. “As mulheres são multitarefas. Cuidam da carreira, da família, estudam, quase sempre fazendo tudo ao mesmo tempo. Neste sentido, ao longo do processo de tratamento, quanto mais próximo elas estiverem do ‘normal’ de suas vidas, melhor”, pontua, ressaltando que o câncer de mama tem incidido, também, em mulheres mais jovens, no pico da vida produtiva.

Zanardo cita outro exemplo da evolução do tratamento oncológico: a imunoterapia, modalidade que visa combater o avanço do câncer pela ativação do próprio sistema imunológico da paciente. O objetivo é que, com o uso de medicamentos, o organismo elimine a doença de forma mais eficiente e com menos toxicidade. A imunoterapia é mais indicada para o subtipo de câncer triplo negativo, de maior incidência em mulheres com menos de 40 anos de idade. “Os efeitos terapêuticos agem de acordo com o tipo de tumor e a fase em que a paciente se encontra. Daí a importância da individualização do tratamento”.

 

Com a evolução dos tipos de tratamento, o câncer de mama vem deixando de ser uma sentença. Mas o médico lembra que, em todas as situações, a detecção precoce – propósito central do Outubro Rosa – é o melhor caminho. “Ela é essencial tanto à saúde quanto à qualidade de vida da paciente.”

Diretor técnico responsável: Marcelo Benedito Mansur Bumlai CRM-MT 2663

 

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