No dia 29 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma data destinada à conscientização sobre os perigos do tabagismo e à promoção de políticas de saúde pública que visem a redução do uso do tabaco em todas as suas formas. Este ano, a discussão ganha um novo foco: o aumento alarmante do uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens, e o potencial risco que esses dispositivos representam para o desenvolvimento de câncer.
Os cigarros eletrônicos, muitas vezes vistos como uma alternativa "mais segura" ao cigarro tradicional, estão longe de serem inofensivos. De acordo com o oncologista clínico da Oncomed-MT, Eduardo Dicke (CRM 4225 | RQE 1800), o ponto de atenção está nos componentes presentes nesses dispositivos, incluindo a nicotina e outras substâncias tóxicas. "Além de causarem dependência, essas substâncias podem aumentar o risco de desenvolvimento de tumores, assim como acontece com o cigarro convencional", alerta o especialista.
Um estudo recente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) constatou que o uso de cigarros eletrônicos aumenta em mais de três vezes o risco de iniciação ao tabagismo. Essa tendência é particularmente preocupante entre os jovens, que têm adotado o cigarro eletrônico como uma porta de entrada para o consumo do cigarro convencional, elevando o risco de doenças graves, incluindo câncer de pulmão, cabeça e pescoço e bexiga.
Embora ainda não existam dados numéricos suficientes para associar diretamente o uso de cigarros eletrônicos ao câncer, a evidência científica sugere que as substâncias nocivas presentes nesses dispositivos têm o potencial de causar mutações celulares que podem levar ao desenvolvimento de tumores. "Com os estudos que já estão em desenvolvimento, existe a possibilidade de, nas próximas décadas, termos dados que comprovem o aumento do risco de câncer associado ao cigarro eletrônico", observa Dicke.
Inimigo conhecido - A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o tabagismo como uma das principais causas evitáveis de morte no mundo, associada a diversas doenças cardiorrespiratórias e a pelo menos 18 tipos de câncer, incluindo pulmão, boca e esôfago. No Brasil, o impacto do tabagismo é devastador: 443 pessoas morrem diariamente devido ao uso do tabaco, segundo dados do INCA.
Diante desse cenário, a conscientização e a educação sobre os riscos do fumo, incluindo os cigarros eletrônicos, são fundamentais para a redução da incidência de câncer. "Quanto mais informação tivermos, mais campanhas e programas de atendimento domiciliar forem realizados, maior será a chance de reduzir o consumo e, consequentemente, as doenças associadas ao tabagismo", conclui o oncologista.
Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo, é essencial reforçar que não existe forma segura de fumar. Seja pelo cigarro tradicional ou eletrônico, o tabagismo continua sendo uma ameaça significativa à saúde pública, exigindo uma ação coordenada de todos os setores da sociedade para proteger as gerações presentes e futuras dos seus efeitos.
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