Juína/MT, 19 de Janeiro de 2025
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19 de Janeiro de 2025

Brasil Segunda-feira, 15 de Novembro de 2021, 08:47 - A | A

Segunda-feira, 15 de Novembro de 2021, 08h:47 - A | A

Entidades cobram solução do governo para preço da energia

Instituições que representam os consumidores de energia do país cobram medidas efetivas do governo para resolver o que chamam de caos financeiro no setor.

O coordenador do programa de energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, afirma que o governo tem falhado em apresentar um planejamento que evite déficits como o atual. ‘O caminho para mais uma solução insustentável está posto, e isso vemos com a notícia do rombo que ficará para o setor elétrico, após esse acionamento indiscriminado de térmicas. Já tínhamos alertado para esse risco de um novo empréstimo a ser tomado em nome dos consumidores, e parece que temos mais um elemento para irmos nessa direção‘, afirmou.

Já o presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, chama a atenção para o custo médio das térmicas, um triplo acima do normal. ‘A Abrace vem alertando seus associados há muito sobre a explosão do custo da energia para o próximo ano. Só em relação aos Encargos de Serviço do Sistema (ESS), térmicas contratadas emergencialmente e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) podem superar o preço de R$ 130 por megawatt-hora em 2022, quando não deveria ultrapassar R$ 40‘, afirma.

‘É quase o custo de uma energia nova. É importante atacar a raiz dos males que comprometem o setor elétrico. O preço equivocado da energia esvazia os reservatórios e depois cobra caro dos consumidores para enchê-los de novo.‘

Custos

A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu que, até abril de 2022, as ‘melhores estimativas‘ apontam para um rombo da ordem de R$ 13 bilhões, valor que já desconta o que será cobrado do consumidor por meio das chamadas bandeiras tarifárias - uma taxa extra incluída na conta para bancar os custos das usinas térmicas.

O acionamento das térmicas, porém, não é o único fator que explica o rombo financeiro do setor elétrico. Outra fatura, estimada em mais R$ 9 bilhões, que será paga pelo consumidor tem origem nas contratações ‘simplificadas‘ de energia feitas pelo governo no mês passado. Trata-se de uma ‘energia de reserva‘ que será entregue a partir de maio do ano que vem, para dar mais segurança e evitar o racionamento.

Importação

Os reajustes são puxados ainda pelo aumento de importação de energia, por meio de contratos firmados com a Argentina e o Uruguai. Como os reajustes de tarifas são feitos anualmente pela Aneel, após analisar os custos de cada distribuidora de energia do País, o porcentual de aumento varia de Estado para Estado.

Cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontam que o aumento no preço da energia elétrica resultará em uma queda de R$ 8,2 bilhões no PIB neste ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise energética.

 

 

Fonte: Estadão

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