Após o governo do estado alterar a metodologia da classificação de risco e orientar lockdown em 50 municípios do estado de Mato Grosso que estão com o risco alto do contágio da doença.
Na noite de ontem, o representante do Ministério Público Estadual (MPE), em Juína em um despacho ao chefe do executivo alertou para a mudança de risco que ocorreu na cidade de Juína, que saiu do moderado para o alto, alcançando um grande índice de contaminação do vírus.
No documento o promotor de justiça civil Marcelo Linhares faz alertas sobre a circulação de pessoas e as aglomerações que poderá piorar o quadro ainda mais, elevando o risco do alto para o “muito alto”, fato que poderá ocasionar em lockdown na cidade de Juína, caso o risco não diminua, acarretado no fechamento dos comércios e mantendo a suspensão das aulas por um prazo inicial de 10 dias.
Linhares ressaltou que diante do aumento do risco o prefeito municipal pouco poderá fazer para a reversão do quadro, uma vez que o município saiu da classificação verde e foi para a vermelha em um breve espaço de tempo, onde cerca de 200 pessoas que contraíram o vírus em todo o estado estão à espera de uma vaga de UTI para o tratamento da Covid no estado de Mato Grosso, e muitas pessoas que entraram com pedido através do judiciário também estão a na fila de espera sem que nada pode ser feito, mesmo diante de uma ordem judicial que não será cumprida por falta de leitos no estado.
O promotor recomendou cuidados redobrados na fiscalização a fim de coibir ações de aglomerações em praças, ginásios de esportes e locais públicos como as praças do bairro Módulo 04 e Lagoa Da Garça, onde as medidas mais enérgicas devem ser tomadas uma vez que o Sistema Único de Saúde, (SUS) encontra-se em colapso total em todo o país devido à falta de conscientização da maioria das pessoas e da baixa fiscalização dos espaços públicos que se não revertida a situação, ocorrerá um grande risco de adotar o sistema de lockdown e o fechamento do comércio de forma geral na cidade de Juína que está prestes a entrar para a classificação de risco muito alto a qualquer momento.
Por isto, a promotoria recomendou que eventual revisão do decreto municipal seja objeto de discussão com o C.O.E., ASCOM, Sindicatos e estabelecimentos de ensino.