O Instituto Saberes em parceria com a SECEL – Secretaria de Estado da Cultura, Esporte e Lazer, através do Edital Viver Cultura, realizaram o projeto ARTE QUE TECE E FORTALECE - PARA NÃO DEIXAR DE SER RIKBAKTSA, que consistiu na realização de 03 oficinas para incentivar a fabricação do capacete de guerra “Myhara”, uma tipo de cocar Rikbaktsa, considerado único no Brasil. A ação visou fortalecer a tradição, que no passado fazia parte da indumentária bélica desse povo e que hoje virou símbolo de luta e ícone da arte plumária brasileira, se igualando a peças como o manto Tupinambá, que ficou extinto durante décadas por falta de incentivo para permanência da tradição.
O projeto envolveu as famílias indígenas em atividades que fortalecem a identidade, dando continuidade à tradição da arte plumária e aos demais saberes que integram o processo de fabricação. Promoveu a união entre anciãos e jovens, de modo que a cultura seja atualizada e este costume milenar seja passado adiante. Incentivou o comércio, a troca de serviços, de matéria prima e peças.
Ao todo, foram realizadas 03 oficinas de aproximadamente 50 (cinquenta) horas cada, sendo 02 (duas) na aldeia Pé de Mutum (Juara/MT) e 01 (uma) na aldeia Pedra Bonita (Brasnorte/MT). Participaram das ações, 03 (três) famílias com aproximadamente 10 (dez) membros, de modo que o ancião ensine aos filhos, filhas, netos e netas a tradição da fabricação artesanal da peça que existe há milênios, haja vista que se faz presente desde as narrativas de origem.
O projeto é uma proposição do Cacique Jaime Zehamy, com a coordenação da Professora e Pesquisadora Vanilda Reis que realiza pesquisa e projetos com o povo Rikbaktsa há quase duas décadas. Ambos são associados ao Instituto Saberes.
Acesse o link abaixo e confira o vídeo resumo do projeto:
https://www.instagram.com/reel/C7CcYpFOUZI/?igsh=ODQ4ejJqOXpxeHoz