Empresa aérea dificulta e tenta impedir embarque de idoso com mais de 90 anos por falta de estrutura para o atendimento do cliente.
O fato originou pedido de investigação junto ao Ministério Público do Estado.
O passageiro precisa de auxílio nas escadarias da aeronave por conta da mobilidade reduzida. Funcionária afirmou que a companhia não autoriza pessoas nessas condições no interior do avião.
A conduta é uma violação ao Estatuto do Idoso e caso foi levado à Promotoria de Justiça da Cidadania de Várzea Grande.
O fato aconteceu no dia 11 de dezembro, no Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Na hora do embarque, uma funcionária da empresa TwoFlex, subcontratada da Azul Linhas Aéreas, negou a viagem a Elias Aragão Linhares, 92, avô do promotor de Juína, Marcelo Linhares.
O idoso seguia do interior de São Paulo para Juína (735 km a noroeste de Cuiabá) nem razão da pandemia da covid-19.
De acordo com a atendente, a empresa não fornece auxílio para o embarque e não autoriza pessoas sem mobilidade no interior da aeronave porque a companhia não tem estrutura para o atendimento. Por isso, a viagem seria cancelada e, no máximo, o valor da passagem seria devolvido, caso a supervisão confirmasse.
Contudo, o gestor superior sequer estava no aeroporto naquele momento, de acordo com a funcionária, que ainda se recusou a dar outras explicações.
Elias embarcou com muito esforço e dor, após ser praticamente carregado pelos familiares que o acompanhavam na viagem. A funcionária, em tom de deboche, ainda disse que o idoso deveria descer em Tangará da Serra (239 km a médio norte), por conta do abastecimento da aeronave.
A conduta da empresa, de acordo com a representação feita à Promotoria, viola o Estatuto do Idoso porque discriminou o passageiro impedindo ou dificultando o acesso ao meio de transporte em razão da idade. Além disso, a empresa não incluiu uma adaptação razoável para que o cliente consiga acessar a aeronave, em segurança.
A reportagem procurou a empresa Azul Linhas Aéreas, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Fonte: NatáliaAraújo / A GAZETA
Solange 17/12/2020
Já passei por situação semelhante ao embarcar com minha sogra de 89 anos no mesmo aeroporto. Já tínhamos feito um trecho sem problema algum. Foi uma circunstâncias lamentável. Tive que aumentar o volume da voz e ameaçar chamar a imprensa. Lamentável.
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