A cidade de Juína, no noroeste de Mato Grosso, enfrenta uma severa crise hídrica devido à prolongada estiagem que já dura meses. O principal rio que abastece a cidade, o Rio Perdido, atingiu níveis críticos, causando uma escassez de água que afeta diretamente os moradores.
Os problemas que já foram vivenciados no ano passado voltam a se repetir, trazendo novamente à tona o desafio de garantir água potável para a população.
Eduardo Rodrigues da Silva, diretor do Departamento de Água e Esgoto Sanitário de Juína (DAES), reconheceu em entrevista ao Juína News a gravidade da situação e a insatisfação dos moradores, que têm sofrido com a falta de água em suas residências.
Segundo ele, a seca prolongada está prejudicando o abastecimento e, embora medidas emergenciais estejam sendo tomadas, é necessário que a população tenha paciência.
Para mitigar os impactos da crise, o DAES, em parceria com o IFMT, a Sinfra e a Secretaria de Agricultura, tem investido em projetos de recuperação de nascentes e microbacias, além de implementar curvas de nível para melhorar o abastecimento no município. Contudo, a cada dia que passa, o Rio Perdido seca um pouco mais, obrigando a cidade a racionar água de maneira setorizada.
Cronograma de abastecimentoO DAES anunciou nesta quarta-feira um novo cronograma de abastecimento para garantir que todos os bairros recebam água, mesmo que de forma alternada.
A distribuição será feita nos seguintes horários e dias:
• Todos os dias, das 5h às 9h: Bairros Módulo 01, 02, 03 e 04.
• Quarta e sexta-feira (dias 4, 6 e 9 de setembro): Bairros Palmiteria, Setor Industrial e São José Operário.
• Quinta e sábado (dias 5, 7 e 9 de setembro): Bairros Módulo 05, 06 e Padre Duílio.
O diretor Eduardo destacou que, além do cronograma de racionamento, o município está investindo na construção de dois novos reservatórios no bairro Módulo 06 e na Avenida Campo Grande. Esses reservatórios, juntamente com uma represa já em construção, serão fundamentais para garantir o abastecimento de água a partir do próximo ano.
Além disso, a prefeitura está correndo atrás de recursos para uma nova captação de água, aguardando apenas a liberação ambiental para iniciar as obras.Ele fez um apelo para que a população colabore economizando água.
Ele ressaltou a importância de evitar desperdícios, como lavar calçadas, para que todos possam ter acesso ao recurso durante esse período crítico. "Só quem não tem água na torneira sabe o quanto isso é sofrido", afirmou Eduardo, pedindo compreensão e solidariedade dos cidadãos.
A crise hídrica em Juína reflete um problema maior que afeta várias regiões do Brasil. As autoridades locais, apesar dos esforços para mitigar os efeitos da seca, contam com o apoio e a consciência da população para superar esse desafio.
O Juína News, comprometido com o jornalismo imparcial há 16 anos, segue acompanhando e informando a população sobre as ações e soluções para a crise.
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