Manoel Carlos Filho, 43 anos, conhecido como “Eudes” foi assassinado um dia depois de prestar depoimento à Polícia Federal em Juina, no Noroeste de Mato Grosso. Em seu depoimento, Manoel Carlos relatou sobre crimes ambientais na fazenda Rio Preto que ele trabalhava, e que pertence a um madeireiro da região. A PF disse que há uma grande coincidência de Manoel Carlos prestar esclarecimentos e se morto pouco mais de 24 horas.
Há claras evidências de que o crime “pode ter sido um crime encomendado” - afirmou Benicio Cabral delegado da PF. Segundo o delegado , a vitima ofereceu resistência e medo no dia de seu depoimento. Segundo o delegado, a vítima tinha medo de algo de ruim acontecesse, ainda relatou que seus patrões são perigosos. O nome do madeireiro não foi revelado e que pode estar envolvido com o crime.
O crime ocorreu por volta das 22h do dia 10 de setembro, em uma rua sem iluminação que fica nos fundos do bairro Padre Duílio e poucos metros das instalações da Polícia Federal e Força Nacional. Testemunhas viram o momento em que Manoel subiu na garupa de uma motocicleta após ter saído de um bar.
A família disse em entrevista que está com medo e quer justiça pelo o que aconteceu com Manoel.
A vitima foi assassinada com requintes de crueldade.
A arma utilizada para o crime pode ter sido um capacete, seu rosto ficou desfigurado com os golpes, do lado do corpo foi encontrado, vestígios do capacete que leva a crer ter sido mesmo a arma do crime. Manoel chegou a ser socorrido pela ambulância municipal, mas morreu a caminho do hospital.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar no dia do crime, foi encontrado no bolso da vitima um bilhete com os números dos telefones celulares do delegado da Policia Federal e de um agente. O delegado revelou que um dia antes a vitima havia comparecido na PF para prestar esclarecimentos sobre possíveis crimes ambientais e por esse motivo levou os números dos telefones caso acontecesse algo com ele.
Uma página ficou registrada no inquérito policial que está nas mãos da justiça, e que o Ministério Público poderá ou não entrar com uma ação contra o dono da propriedade.
“Se confirmado alguma ligação do crime com os seus depoimentos isso foi uma afronta à Polícia e sociedade, e não pode acontecer, a lei é que tem que prevalecer” - lembrou Benicio.
O homicídio está sendo investigado pela Polícia Civil de Juína, algumas denúncias tem chegado até aos policiais.
O delegado municipal José Carlos informou que já tem um suspeito e o crime será elucidado nos próximos dias.