A capital de Mato Grosso, Cuiabá, recebe o 8° Simpósio Brasileiro de Geologia do Diamante. O evento teve início no sábado, dia 7 de junho, com a realização de minicursos, e prossegue até o dia 11 de junho. Além disso, haverá uma excursão pós-simpósio entre os dias 12 e 16 de junho de 2025, destinada ao Campo Kimberlítico de Juína, conhecido por seus diamantes ultraprofundos, localizado no noroeste do estado.
Na segunda-feira (9), começaram as apresentações de palestras do evento, que contam com a participação de cientistas que têm desenvolvido algumas das pesquisas mais relevantes e interessantes sobre Geologia de Kimberlitos e do Diamante nas últimas décadas. Os pesquisadores vêm de diversas partes do mundo, incluindo Brasil, Canadá, Botsuana, Austrália, África do Sul, Rússia, Estados Unidos e China. A experiência dos palestrantes abrange áreas como Vulcanologia, Petrologia, Geoquímica, Geologia Isotópica, Geocronologia, Mineração de Diamantes e estudos de Inclusões em Diamantes.
O simpósio também conta com a presença de várias empresas do setor de mineração de diamantes, incluindo fabricantes de peças e máquinas pesadas para a pequena e média mineração, bem como empresas ligadas à extração e comércio de diamantes, que atuam principalmente no município de Juína.
O primeiro dia de palestras foi dedicado ao estudo do Campo Kimberlítico de Juína, que já foi o maior produtor de diamantes do Brasil durante muitos anos e, apesar da produção estar bastante reduzida nos últimos anos, ainda é um dos mais importantes do país.
Após o encerramento das apresentações e das sessões de pôsteres, os participantes farão uma excursão à cidade de Juína com o objetivo de observar em campo os tópicos discutidos durante o evento. Durante a excursão, os participantes poderão ver kimberlitos diamantíferos e depósitos de pláceres diamantíferos. Juína é uma cidade com tradição garimpeira que sempre acolhe bem aqueles que chegam em busca de diamantes e outros minérios.
Na cidade, contaremos com o apoio do município e de diversas empresas privadas do setor de mineração, entre elas a Cooperativa de Pequenos Mineradores de Diamante e Outros Minérios de Juína e Região – COOPERJUR. Esta cooperativa tem realizado um trabalho significativo na retomada da mineração em Juína, por meio do requerimento de diversas áreas e parcerias com proprietários de terras onde historicamente ocorreram grandes garimpos, além de promover uma mineração totalmente legalizada que atende a todas as normas ambientais vigentes no Brasil.