Mato Grosso tem apresentado um aumento significativo na produtividade de café por hectare plantado nos últimos nove anos, impulsionado por investimentos da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) na melhoria do solo, melhoramento genético da cultura e mecanização da produção.
De 2015 para 2023, houve crescimento de 258,7% na produção de sacas do grão por hectare plantado, segundo relatório divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O documento aponta os impactos positivos do Programa Mato Grosso Produtivo Café, do Governo de Mato Grosso, para esse resultado.
“Esse aumento na produtividade é resultado de um trabalho intenso para desenvolver e colocar em prática políticas públicas que realmente façam a diferença na ponta, com entregas de mudas de café, patrulhas mecanizadas, implementos agrícolas, calcário e kits de irrigação. Hoje, 100% da produção de café no Estado é feita por produtores da agricultura familiar”, destacou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro.
Conforme o relatório, a cafeicultura nas regiões abrangidas pelo programa alcançou uma produtividade média de 22,6 sacas por hectare, sendo que, em 2015, a produtividade média foi de 6,3 sacas por hectare.
Atualmente, o estado ocupa a 9ª posição entre os maiores produtores de café do Brasil. A estimativa é de que a cafeicultura mais tecnificada tenha gerado cerca de 8.050 postos de trabalho entre 2015 e 2023.
Ainda segundo a análise da Embrapa, a melhor rentabilidade da cafeicultura resultou no engajamento mais efetivo de mulheres e jovens e também indígenas.
Além disso, houve redução na área plantada. Conforme a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em 2014, com 20 mil hectares plantados, a produção era de 124 mil sacas, e, neste ano, com apenas 11.600 hectares, a previsão é de 270 mil sacas colhidas, refletindo um aumento considerável na eficiência e produtividade.
Para fomentar a comercialização local do café, o Governo do Mato Grosso isenta do pagamento de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o café cru, em coco ou em grão, para o produtor que vender seu café para a indústria local. Isso traz segurança jurídica e incidem diretamente sobre os produtores da agricultura familiar.
Fonte: GD