Juína/MT, 03 de Maio de 2025
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03 de Maio de 2025

Mundo Segunda-feira, 21 de Abril de 2025, 08:08 - A | A

Segunda-feira, 21 de Abril de 2025, 08h:08 - A | A

Morre o Papa Francisco, o reformador que ousou sonhar com uma Igreja diferente

"Francisco se vai: o papa que virou símbolo de uma Igreja feita de abraços e coragem"

Juína News

O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (21/4) o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, encerrando um dos pontificados mais transformadores dos últimos séculos. Vítima de complicações respiratórias após uma batalha contra pneumonia bilateral, o primeiro papa latino-americano morreu como viveu: sem pompas, na modesta Casa Santa Marta, seu refúgio desde que recusou os apartamentos papais por opção de humildade.

O argentino que mudou o papado

Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Francisco rompeu barreiras desde o momento em que apareceu na sacada da Basílica de São Pedro em 2013, vestindo simples branco, sem a tradicional muceta vermelha. Seu nome, inspirado no santo da pobreza, era um programa de governo:

Revolução pastoral: Abriu as portas do Vaticano a vítimas de abusos, recebeu líderes indígenas e, em 2016, lavou os pés de refugiados muçulmanos — gesto sem precedentes.

Diplomacia do perdão: Foi o primeiro papa a pedir desculpas pelos crimes da colonização nas Américas e criou comissões para investigar abusos na Igreja.

Teologia da rua: "Prefiro uma Igreja acidentada a uma Igreja doente de fechamento", repetia, enquanto criava ministérios para migrantes e visitava presídios.

Últimos atos de um profeta moderno

Mesmo debilitado pela idade e por uma cirurgia recente, Francisco não deixou de chocar o mundo em 2024 ao visitar uma favela no México e denunciar "o pecado global da indiferença". Seu último tweet, há três semanas, resumia seu credo: "Deus não tem religião: tem amor. Nossa missão é levar isso aos esquecidos."

O cardeal Farrell, ao comunicar sua morte, destacou: "Ele nos mostrou que fé não é discurso, é mão estendida". Agora, enquanto o Vaticano prepara seus funerais — que ele pediu sejam "simples e abertos aos pobres" —, milhões recordam o homem que desafiou tradições para lembrar o essencial: o Evangelho não é museu, é caminho.

Seu epitáfio? Talvez suas próprias palavras:

"Não guardem Cristo nas sacristias. Levem-no às ruas, ou não terão entendido nada."

Às 7h35, cessou um pontificado. Nasceu uma lenda.

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