O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, anunciou neste domingo (13) a aprovação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A imunização deve começar nesta segunda-feira (14).O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, anunciou neste domingo (13) a aprovação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A imunização deve começar nesta segunda-feira (14).
Em nota, o diretor do CDC, Robert R. Redfield, comemora a aprovação do imunizante em momento crítico, de nova alta de casos do novo coronavírus nos EUA. Neste sábado, o país registrou 3.309 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas.
"Ontem à noite, tive o orgulho de assinar a recomendação do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização para usar a vacina Covid-19 da Pfizer em pessoas com 16 anos ou mais. Esta recomendação oficial do CDC segue a decisão da FDA de sexta-feira de autorizar o uso emergencial da vacina", diz Redfield.
E prossegue: "Como os casos de Covid-19 continuam a aumentar em todos os EUA, a recomendação do CDC chega em um momento crítico. A vacinação inicial está programada para começar na segunda-feira, e esta é a próxima etapa em nossos esforços para proteger os americanos, reduzir o impacto da pandemia e ajudar a restaurar a normalidade em nossas vidas e em nosso país."Na avaliação do órgão, publicada neste domingo, a vacina da Pfizer tem alta eficácia em todas as faixas de idade, sexo, raça, etnia e entre pessoas com "condições médicas subjacentes", bem como entre participantes com evidência de infecção anterior pelo Sars-CoV-2.
"Embora números de hospitalizações e mortes observadas foram baixas, os dados eram consistentes com risco reduzido para esses desfechos graves entre as pessoas vacinadas em comparação com o placebo", diz nota do CDC.
Uso emergencialNa tarde deste sábado foi feita uma votação entre os conselheiros do CDC para avaliar a recomendação da vacina e, com 11 votos a favor e três abstenções, o comitê aprovou o imunizante, que foi liberado para uso emergencial na sexta-feira (11) pela agência reguladora de medicamentos americana, a FDA.
Com esta autorização formalizada pelo órgão, o governo norte-americano planeja acelerar a vacinação nas próximas semanas e meses.
O general do Exército dos Estados Unidos Gustave Perna disse em uma coletiva de imprensa neste sábado que as primeiras doses da vacina da Pfizer e BioNTech serão entregues em 145 localidades ao redor do país na segunda-feira (14).
As demais 636 localidades de entrega selecionadas pelos estados e territórios dos Estados Unidos receberão as doses na terça-feira (15) e na quarta-feira (16).
Caminhões deixam fábrica da Pfizer nos EUA com vacina rumo à distribuiçãoCaminhões deixam fábrica da Pfizer nos EUA com vacina rumo à distribuição.
Os caminhões carregando as primeiras doses da vacina da Pfizer e BioNTech começaram a deixar a fábrica em Michigan, nos Estados Unidos, neste domingo (13).
Os funcionários da Pfizer chegaram a aplaudir quando os primeiros lotes da vacina deixaram a fábrica. Segundo o jornal "The New York Times", além da equipe da farmacêutica, representantes do CDC acompanharam a preparação dos pacotes.
Essa vacina exige condições muito específicas de armazenamento e transporte, por isso as primeiras doses foram agrupadas em caixas com gelo seco, que devem manter a temperatura das vacinas a -70 ºC.
Fábrica da Pfizer despacha primeiros lotes da vacina nos EUAFábrica da Pfizer despacha primeiros lotes da vacina nos EUA.
Outros paísesO Reino Unido e Bahrein aprovaram o uso do imunizante na semana passada. A Health Canada, agência que regula as vacinas no país, aprovou na quarta-feira (9) a vacina da Pfizer. Após a revisão de dados, os canadenses concluíram que a vacina é segura e eficaz e já pode ser aplicada em todo o país, de forma emergencial, em pessoas maiores de 16 anos.
No dia seguinte, a Arábia Saudita também aprovou a aplicação do imunizante no país. Horas antes de a FDA anunciar a aprovação da vacina na sexta, o órgão regulador mexicano Cofepris liberou o imunizante da Pfizer.