O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou tramitação exclusiva de inquérito policial, para apurar suposto tratamento diferenciado para a menor que matou a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos.
Internada na ala feminina do Complexo Pomeri, a defesa da menor em conflito com a lei contesta que ela receba “regalias”.
Conforme noticiado pelo Jornal A Gazeta no dia 23 de abril, a adolescente que atirou e matou Isabele Guimarães Ramos teria pedido pela instalação de uma TV smart para acesso à Netflix, atendimento psicológico de psicopedagoga fora do sistema socioeducativo e permissão para continuar a frequentar aulas em escola privada.
A defesa da adolescente já ingressou com pelo menos 7 pedidos, entre administrativos e judiciais, tentando garantir privilégios para a
jovem, que desde o dia 19 de janeiro cumpre medida de internação em unidade feminina da Capital.
Entretanto, o advogado da menor, Artur Osti, divulgou nota negando qualquer favorecimento. Ele relatou que, em abril, a menor estava sendo privada inclusive do direito de estudar. Relatar suposto favorecimento seria fazer acusações em face dos servidores que trabalham na unidade socioeducativa. A nota da defesa prometeu abertura de representação.
Agora, o juiz determinou que a Polícia Civil investigue as supostas regalias da adolescente.
“No tocante as diligências requeridas pelo Parquet, as comunicações deverão ser feitas diretamente ao Ministério Público a quem caberá, diante das respostas, adotar as medidas que entender cabíveis, o que independe do arquivamento do presente feito”, diz trecho da decisão.
Fonte: GD