Um escritório de contabilidade e duas residências, sendo uma em Cuiabá e a outra no município de Cáceres, distante 225 Km da Capital, foram alvos nesta terça-feira (15) da operação "III Barras", realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a Delegacia Especial de Fronteira (Defron), Receita Federal e Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão, um em Cáceres e o outro em Brasnorte, além de buscas e apreensão.
A operação, segundo a unidade regional do Gaeco em Cáceres, é o desdobramento de uma apreensão ocorrida em 2017 de expressiva quantidade de dinheiro enterrado na Fazenda III Barras, localizada na linha de fronteira do Brasil com a Bolívia. Durante as investigações, foi constatado que o proprietário da fazenda tratava-se de pessoa fictícia, a qual havia sido criada para ocultar a propriedade de diversos bens, como dinheiro, veículos, gado e fazendas, provenientes do tráfico de drogas.
Com as análises realizadas pelas equipes do Gaeco, Defron e Receita Federal constatou-se que as ações delituosas praticadas tinham à frente uma outra pessoa, que seria o verdadeiro proprietário da fazenda, do rebanho bovino e dos bens nela contidos. O investigado já foi inclusive condenado no Estado de São Paulo.
A organização criminosa, conforme apurado no decorrer das investigações, conta com a participação de, pelo menos, quatro pessoas que se estruturaram com o objetivo de ocultar os bens pertencentes ao líder do grupo. Os envolvidos teriam movimentado quantidades expressivas de dinheiro em contas bancárias sem origem comprovada.
Ao longo das investigações, conforme o Gaeco, diversos bens foram objeto de medida cautelar de sequestro, como a Fazenda III Barras, avaliada em mais de 10 milhões. Além dela, diversos automóveis, maquinário agrícola, aproximadamente 800 cabeças de gado e dinheiro em espécie encontram-se arrecadados à disposição da justiça.