Mais de seis mil litros de defensivos agrícolas roubados há cerca de um mês de uma fazenda de Sapezal foram recuperados pela Polícia Civil, na tarde de terça-feira (06.04), durante investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), realizadas no município de Diamantino.
As diligências também resultaram na apreensão de nove armas de fogo e diversas munições, além de três pessoas presas em flagrante pelos crimes de receptação, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e associação criminosa.
O roubo da grande quantidade de defensivo agrícola avaliada em mais de R$ 1,5 milhão ocorreu no dia 08 de março na Fazenda Siriema em Sapezal. Na ocasião, 12 homens encapuzados e armados renderam os funcionários e os trancaram em um cômodo da propriedade. Os criminosos desligaram a energia da fazenda e o tempo todo, agiam com extrema violência, fazendo ameaças às vítimas, enquanto subtraíam os defensivos utilizados no cultivo de algodão.
Com base nas evidências, os investigadores foram até o local e em um galpão da propriedade conseguiram localizar 90% do material roubado da fazenda de Sapezal. Em buscas em casas da propriedade foram encontradas nove armas de fogo e diversas munições de diferentes calibres.Assim que foi acionada do fato, uma equipe da GCCO esteve no local e iniciou o trabalho de investigação para identificar a associação criminosa envolvida no roubo. Com as investigações realizadas, os policiais da gerência já tinham informações de que os suspeitos estavam na região de Diamantino e na terça-feira conseguiram identificar a propriedade na zona rural do município em que estariam alojados.
Três pessoas que estavam no local foram presas, a dona da fazenda (que tentou dificultar a ação dos policiais), o aplicador dos defensivos, e o gerente da propriedade e responderão por receptação, posse irregular de arma de fogo e associação criminosa. O dono da fazenda não estava no local no momento da ação e também será indiciado pelos mesmos crimes.
“Foi um crime grave, roubo em concurso de pessoas, emprego de arma de fogo, restrição de liberdade das vítimas, extremamente violento, que chocou a região e que teria causado grande prejuízo á vítima se os produtos não tivessem sido recuperados”, disse o delegado.A vítima foi acionada para reconhecimento dos produtos apreendidos e acredita que pelo menos 90% dos defensivos subtraídos no roubo foram recuperados. Segundo o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, a ação foi diferenciada, uma vez que o defensivo foi apreendido nas mãos do agricultor que receptou e estava utilizando o veneno em sua propriedade. Agora as investigações continuam para prender os outros integrantes da associação criminosa envolvidos no roubo dos defensivos.