Um corpo em avançado estado de decomposição que foi encontrado no último domingo, dia 12, na estrada rural da comunidade São Luiz, setor Chácara, região do aeroporto da cidade de Juína, noroeste de Mato Grosso, foi identificado pelos peritos da POLITEC.
O cadáver foi removido e levado para o Instituto Médico Legal (IML), a fim de que fosse identificado e se trata do ex-presidiário Gabriel Cordeiro Da Silva de aproximadamente 24 anos, que em outubro do ano passado foi preso sob acusação de ter assassinado com um tiro no rosto a vítima, Lúcio Eliezio Canoeiro, de 24 anos, vulgo “Indinho”.
Relembre o caso: Homem que matou vítima com um tiro no rosto é preso pela Polícia Civil de Juína
A papiloscopista da POLITEC, Isabela Mendes Pacheco Narita, falou sobre o trabalho em conjunto dos profissionais papiloscopistas para conseguir identificar com precisão a identidade do cadáver que estava em estado avançado de decomposição.
“Por conta do avançado estado de decomposição cadavérica, em primeiro momento acreditou-se que não seria possível fazer a identificação da vítima através das técnicas papiloscópicas, precisou-se do empenho e emprego de um conjunto de técnicas, junto com toda a equipe de papiloscopistas, para a reconstrução e recondicionamento das digitais, com a ajuda de alguns reagentes químicos específicos foi feito a hidratação, secagem até a reconstrução das digitais, o que foi possível na noite de ontem (13 de fevereiro) fazer a identificação desta vítima, mesmo em estado avançado de decomposição.”- explicou a profissional.
Devido as condições em que o cadáver foi encontrado, houve a cogitação de envia-lo para a capital Cuiabá, para que pudesse ser identificado através da análise de DNA.
“Como o estado da vítima era de extrema putrefação, o caminho posterior para identificação seria a análise de DNA, realizada pelo Laboratório Forense em Cuiabá, porém se trata de um processo extremamente moroso e oneroso pelo Estado, então nós decidimos juntar toda a equipe de papiloscopistas e empregar algumas técnicas para conseguir a reconstrução das digitais para que essa vítima fosse identificada e liberada" - concluiu a papiloscopista Isabela Mendes.
Como anunciamos em matéria anterior, havia indícios que de que o rapaz tenha sido morto com instrumento perfurocortante, porém o caso está sob estudos dos profissionais da Medicina Legal da Politec de Juína que darão um verídito final sobre a causa morte.
A delegacia de polícia iniciou as investigações sobre este crime.
A POLITEC
Após a perícia de local de crime, realizada pelos Peritos Oficiais Criminais, a fim de esclarecer a dinâmica dos fatos, as vítimas são encaminhadas para o Setor de Medicina Legal da Politec, onde passam por exames de Necropsia, realizados pelos profissionais Médicos Legistas e Técnicos de Necropsia, a fim de esclarecer a causa da morte bem como a estimativa de lapso temporal de morte.
A liberação do corpo da vítima para os familiares só se dá após a identificação da mesma, a qual habitualmente é realizada pela equipe do Setor de Identificação Técnica da Politec, pelos profissionais Papiloscopistas. Quando há as digitais preservadas, realiza-se o exame chamado de confronto necropapiloscópico, que é um método que consiste no reconhecimento de cadáveres a partir das papilas dérmicas, onde são encontradas as impressões digitais. A coleta das impressões digitais do cadáver é feita e comparada com um banco de dados oficial de algum registro da digital da pessoa já cadastrada quando em vida.
Siga o Juína News nas redes sociais facebook/juinanews e no Instagram clicando aqui @juinanews