A cidade de Aripuanã, em Mato Grosso, vive momentos de terror diante da escalada da violência promovida por facções criminosas. Na tarde da última quinta-feira (15), por volta das 17h, o jovem Cleverson Bordignon dos Santos, de 26 anos, foi sequestrado e brutalmente assassinado por indivíduos supostamente ligados ao Comando Vermelho, organização que tenta dominar o tráfico de drogas no município.
Segundo informações recebidas pelas forças de segurança, um grupo circulava pela cidade em motocicletas — uma Honda Pop branca e uma Honda Titan azul — quando abordou Cleverson na residência de sua mãe. Ele foi levado à força em sua caminhonete, uma VW Saveiro branca.
Equipes da Polícia Civil e Polícia Militar iniciaram buscas imediatas. O veículo da vítima foi rastreado e localizado em uma estrada vicinal da região conhecida como “Boião”, sentido Cafundó. Ao se aproximarem do local, os policiais encontraram o corpo de Cleverson já sem vida, caído ao solo.
A vítima apresentava sinais claros de tortura: braços e pernas amarrados, lesões provocadas por espancamento e múltiplas perfurações de arma perfurocortante. A funerária foi acionada e realizou o encaminhamento do corpo para exame de necropsia em Aripuanã. O veículo permaneceu no local para posterior perícia técnica.
Até o momento, nenhum dos autores do crime foi identificado ou preso. A Polícia Judiciária Civil segue investigando o caso e as possíveis motivações para o homicídio, com indícios de ligação direta com disputas territoriais e de poder entre grupos criminosos.
Este não é um caso isolado. Aripuanã enfrenta uma grave crise de segurança, com ao menos quatro pessoas desaparecidas, todas com possível envolvimento com o tráfico. Relatos indicam que a facção Comando Vermelho vem promovendo uma série de sequestros e execuções sumárias de indivíduos que se recusam a se submeter ao seu controle.
A população vive em clima de medo e tensão. Apesar dos esforços das forças de segurança, as operações enfrentam dificuldades diante da ousadia dos criminosos e da complexidade do cenário.
A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 197 e são fundamentais para auxiliar nas investigações e no combate ao crime organizado que assola a região.
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