Investigadores da Polícia Civil prenderam um homem, esta tarde, suspeito de estuprar a neta no dia 2, durante a madrugada. Conforme a delegada Renata Evangelista, ela representou ao judiciário pela prisão do homem após a criança passar pela escuta especializada com psicóloga. “Eles foram passar as festividades do final do ano em uma chácara e foram colocadas barracas, porque dentro da construção em que eles estavam, estava chovendo muito, em cada cômodo foi colocada uma barraca e em determinado momento, achou-se por bem que a criança fosse dormir na barraca do avô com a avó e aí neste momento o avô teria introduzido o dedo na vagina da criança. No dia 5, último agora, a criança reclamou de dores na vagina e no bumbum, e a mãe indagando-a acerca do ocorrido conseguiu tirar da criança o que tinha acontecido”, explicou a delegada.
“De pronto, a mãe encaminhou o procedimento correto até o hospital, foi orientada a procurar a delegacia de polícia e assim ela fez. Tão logo que chegou na delegacia, a criança foi ouvida por meio de escuta especializada, com a psicóloga que tem gabarito e expertise para tirar essa informação da criança.”
Renata Evangelista ainda ressaltou a importância de que, caso os filhos falem sobre algo do tipo para os pais, que em momento algum tentem instigar a criança a falar. “No primeiro momento, a criança falou se abriu, mas em nenhum momento instigue para tirar mais informações, ou colocando informação na cabeça dessa criança, a psicóloga por meio do conhecimento que ela tem, do modo como foi capacitada para retirar essa informação, conseguiu com riquezas de detalhes o que aconteceu nesse dia”.
Segundo a delegada, o acusado nega o crime e alega ter ficado próximo da criança sempre acompanhado pela avó. “Diz que o tempo inteiro ficou dentro da barraca junto com a avó e que ela seria o álibi dele. Só que as informações não casam e todo o desenrolar da narrativa da criança coincide com o que a avó conta que ocorreu na barraca. Então, nesse tipo de caso, a palavra da vítima sempre vai ter especial relevância, crianças de pouca idade, 4, 5 ou 6 anos que já conseguem se expressar, elas não tendem a inventar histórias de cunho sexual”, explicou a delegado. “Então, pais, sempre fiquem atentos porque, se a criança começou a contar alguma coisa esquisita, ali tem alguma coisa, porque crianças dessa idade não tem imaginação para isso, só se realmente tiverem passado por esse tipo de abuso”, concluiu.
Fonte: Só Notícias/Ana Dhein e Fabiano Marques