Prefeito eleito de Diamantino (208 km a médio-norte de Cuiabá), Chico Mendes (União), afirmou que não conversa sobre política com o irmão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O magistrado esteve em Cuiabá na segunda-feira (18) para evento dos 35 anos da Constituição estadual realizado na Assembleia Legislativa (AL).
A declaração ocorreu após ser questionado como seria essa relação, já que o prefeito eleito obteve o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos principais críticos ao ministro Gilmar Mendes e do STF.
“A gente faz a tratativa totalmente diferente: ele cuida da parte jurídica e eu da parte política. Eu continuo ao lado do Bolsonaro”, disse rapidamente durante o seminário “35 anos da Constituição de Mato Grosso” realizado na segunda-feira.
Chico Mendes administrou Diamantino entre 2001 e 2008 e retorna para seu 3º mandato em 2025. Ele recebeu a visita do ex-presidente Bolsonaro em abril passado, quando o PL declarou apoio ao irmão do decano da Corte Suprema.
Na ocasião, Bolsonaro e Gilmar Mendes chegaram a conversar por telefone, em uma mediação feita pelo senador Wellington Fagundes (PL), que acompanhou o presidente em visita ao Estado. A relação de Bolsonaro e Gilmar Mendes sempre foi de confronto, com ataques do ex-presidente aos ministros do STF.
Recentemente, o ministro afirmou que o atentado da semana passada em frente ao STF "não é um fato isolado" e que se relaciona com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Muito embora o extremismo e a intolerância tenham atingido o paroxismo em 8 de janeiro de 2023, a ideologia rasteira que inspirou a tentativa de golpe de Estado não surgiu subitamente. Pelo contrário, o discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram largamente estimulados pelo governo anterior", afirmou.
O ministrou afirmou que "foram diversos os atentados contra as instituições de Estado" nos últimos anos, "praticados pessoalmente por expoentes da extrema-direita ou por cidadãos inspirados por essas lideranças".
Já Bolsonaro vem defendendo anistia para os presos durante a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, medida que qstá em tramitação na corpo superior.
Fonte: GD