Em entrevista na terça-feira (15), o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar uma suposta formação de cartel na Saúde estadual, não ajudaria em nada. Ele também disse que o governo não irá cometer “nenhuma injustiça” e punir os denunciados antes que tudo seja provado.
Presidente da Comissão de Saúde da ALMT, deputado Lúdio Cabral, avalia propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos firmados pelo Estado com empresas investigadas na Operação Espelho.
Durante a assinatura da ordem de serviço para obras do Centro Médico Infantil do antigo Pronto Socorro de Cuiabá, na manhã de terça (15), Gilberto afirmou que não haveria necessidade da apuração.
“Não acredito que isso ajude em nada, mas eu não vou aqui questionar ou entrar em debates sobre a vontade do deputado Lúdio, claramente um deputado de oposição ao Governo do Estado. Mas ele tem legitimidade para fazer exercer a sua função de deputado”.
Governador Mauro Mendes (União) afirmou que as empresas investigadas pela Operação Espelho vão continuar recebendo pagamentos do Estado. Em entrevista no mesmo evento, o chefe do Executivo justificou que as contratadas estão prestando regularmente os serviços e por conta disso “tem o direito de receber”.
Gilberto defendeu o posicionamento de Mauro, dizendo que o Governo não irá “cometer nenhuma injustiça”, como, por exemplo, no caso da secretária-adjunta apontada como articuladora do esquema.
“Não há no processo, salvo uma ilação realizada por uma servidora que se declarou culpada, que cometeu ilícitos lá atrás, e citou a nossa secretária-adjunta, tinha conhecimento, iria participar de uma reunião. Ela não conhece essa funcionária, nunca esteve na reunião, isso é o único apontamento dentro do relatório e no nosso entendimento nesse momento, não há razões para afastá-la do cargo, [...] nós vamos aguardar o desenrolar das investigações, porque nós não vamos também cometer nenhuma injustiça na nossa administração”.
Ele, no entanto, garantiu que o Estado montou uma força tarefa para fazer todas as licitações necessárias para regularizar todos os serviços. A prioridade, segundo Gilberto, será a assistência de Saúde à população.
Fonte: GD