Proprietários de distribuidoras de bebidas prometem caixas de cervejas em troca de votos para candidato a vereador de Juína

Já estão nas mãos do Ministério Público Eleitoral, vídeos em que aparece dois proprietários de distribuidoras de bebidas do município de Juína, noroeste de Mato Grosso, prometendo caixas de cervejas caso o candidato a vereador Daniel da terra Roxa recebe mais de 200 votos. Uma terceira pessoa também faz a mesma promessa.

Em entrevista, o promotor eleitoral Marcelo Linhares, disse que uma pessoa que não quis ter sua identidade revelada relatou uma possível compra de votos, onde em vídeos que circula nas redes sociais, os proprietários de distribuidora de bebidas prometem cerveja de graça para quem votar em um candidato amigo deles.

O vídeo é bastante claro, onde Claudinei Alves De Souza, (Raposão da distribuidora) e Gledson Medeiros (Juquira) aparecem junto com o candidato a vereador do distrito de Terra Roxa Edson Daniel Crispim (Daniel da Terra Roxa), e mais um homem, conhecido com Fabio, fazendo farra e prometendo cerveja em troca de votos.

Segundo o promotor de justiça Marcelo Linhares, pelas imagens já se pode dizer que se trata de “compra de votos”, porém o ministério público requisitou a instauração de um inquérito policial para melhor apurar o caso, uma vez que um partido político já se manifestou em apurar os fatos e pedir a cassação do registro de candidatura do candidato a vereador.

Existem duas consequências no ato das pessoas que participaram da gravação no vídeo, consequência civil, que fica a cargo do partido promover uma ação punitiva ao candidato, e a questão criminal onde todos os envolvidos que aparecem no vídeo poderão ser incriminados, sendo que a polícia civil já levantou a identificação correta com nomes e endereços de cada envolvido, onde uma denúncia formal já foi efetuada, relatou Linhares.

Uma das pessoas que aparecem no vídeo Claudinei Alves De Souza, (Raposão) tentou concorrer uma vaga para vereador no pleito eleitoral de 2020, porém ele teve sua candidatura indeferida, e não poderia estar pedindo votos, uma vez que ao pedir votos sem estar oficialmente concorrendo, o candidato praticou propaganda política irregular, atrapalhando o pleito eleitoral, uma vez que ele não pode recorrer a decisão judicial.

Linhares ressaltou que o ministério público irá manifestar formalmente, porém, os indícios de compra de votos, são fortíssimos na fala dos empresários que repetiram inúmeras vezes que fariam uma festa regada a cerveja caso o candidato Daniel captasse pelo menos 200 votos, e que aguarda a apuração da polícia civil que já está apurando o caso.

Também existe a questão civil que já está sendo executada pelo partido ao qual o candidato Daniel ainda está filiado.

O promotor pediu para que as pessoas que presenciar situações como esta ou semelhante, que faça uma denúncia no Ministério Público, e também no cartório eleitoral através do aplicativo “Pardal”, lembrando que toda denuncia necessita ser acompanhada de provas, pois assim as autoridades terão mais facilidades em punir os infratores.