O ‘janeiro’ Roxo é o mês de conscientização da Hanseníase, pois existe ainda a necessidade de se falar sobre uma doença que carrega tanto estigma, desinformação e complexidade no diagnóstico.
E embasado neste tema, uma capacitação está acontecendo na cidade de Juína – MT, mais precisamente no auditório da CDL/ASCOM, com todos os seguimentos de profissionais da saúde da região noroeste para debater sobre as práticas de acolhimento e também o diagnóstico da doença.
Segundo a secretária municipal de saúde, Marcela Américo Ortolan, a capacitação envolve toda região noroeste, com um trabalho de prevenção e diagnóstico precoce, uma vez que o estado de Mato Grosso possui um número elevado de casos, mas os diagnósticos ofertados até o momento têm gerado bons resultados e os números de casos diminuíram de forma significativa.
A Médica Dermatologista, Dra. Silvana Sperandio, reforça que a capacitação servirá para um melhor conhecimento da doença aos profissionais das unidades básicas de saúde, bem como enfermeiros e fisioterapeutas a fim de que se possa fazer um melhor acolhimento do paciente e também identificar a melhor forma de diagnóstico.
Dra. Silvana Sperandio explica que há várias formas de se detectar a doença, uma vez que a manifestação no organismo pode se dar com a ausência de pelos, dormência na pele, manchas, sensibilidade e dores nos nervos, perda de forças, e levar em consideração históricos de casos na família, mas o paciente sozinho não pode realizar o diagnostico, e sim deve procurar uma unidade de saúde próximo da sua casa e solicitar uma avaliação dos profissionais de saúde.
A enfermeira Geaine Rodrigues, coordenadora em Vigilância em Saúde falou sobre o melhoramento da qualidade do serviço dos profissionais da saúde após a capacitação que está sendo realizada, onde o paciente será acolhido de uma melhor forma e diagnosticado conforme o grau da doença.
O prefeito municipal de Juína, Paulo Augusto Veronese, revelou que passou pelo tratamento da doença por um ano onde tomou todos os cuidados necessários que foram essenciais para a cura, e lembrou sobre o caso de algumas pessoas que ainda demonstram medo e vergonha em falar que é portador da doença.
-A partir do momento que se busca pelo tratamento, a hanseníase torna-se uma doença comum e passível a tratamento com cura, sem deixar quaisquer sequelas no organismo – finalizou.
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