Ainda não há explicações para tantas mortes de crianças em Juara. Foram sete óbitos num curto períodos de apenas 04 dias.
Alguns casos são compreensíveis, como o de um aluno de 11 anos, que tinha problemas cardíacos e sofreu um infarto fulminante ao sair da escola para entrar no ônibus do transporte escolar.
Outro caso foi o de uma menina de 6 anos, que possuía um quadro de leucemia e também sofreu um ataque cardíaco, vindo a falecer.
Outros três casos foram de crianças natimortas. Um deles envolveu uma mãe que veio de Tabaporã para tratamento em Juara e perdeu o filho, que nasceu sem vida.
Já as duas meninas gêmeas, cuja mãe foi levada para Brasília para receber tratamento especializado, também não sobreviveram. Os corpos das gêmeas foram transladados para Juara e sepultados no sábado, no cemitério municipal Parque da Saudade.
Entretanto, dois meninos, um de 3 anos e outro de 1 ano e 7 meses, que aparentemente eram saudáveis, foram levados para tratamento médico, mas não resistiram e faleceram.
O primeiro óbito foi o de M. C., de 6 anos, que morreu na quarta-feira, dia 4 de dezembro. O último foi o de J. G., que faleceu no dia 8 em Cuiabá. Ele havia recebido tratamento em Juara, mas, devido ao agravamento do seu quadro, foi transferido para Cuiabá, onde não resistiu e veio a óbito.
O Show de Notícias conversou, em caráter reservado, com o pai de D., que não demonstrou revolta com o sistema de saúde. Ele afirmou que seu filho foi bem atendido pelos médicos e disse apenas que "a vontade de Deus se cumpriu".
Diante da gravidade da situação, o Show de Notícias entrou em contato com a diretora do Hospital Municipal de Juara, senhora Mayara, que preferiu não se pronunciar. Quanto ao falecimento do menino D., ela informou que o hospital o recebeu a criança do Hospital São Lucas e enviou um texto justificando sua posição.
Segue, na íntegra, a declaração de Mayara:
"Para esta informação, estou orientando que você procure a família. Eles poderão fornecer todos os detalhes, como onde a criança recebeu o primeiro atendimento e quais profissionais a atenderam. A ética profissional e a lei me amparam no sigilo sobre os usuários que procuram o hospital. É um direito da família decidir se a morte de seu ente querido será divulgada como notícia ou não. Estamos à disposição caso necessário."
Fonte: Show de Noticias