O indígena Erivaldo Morimã, 54 anos, que morou em Juara e ainda tem parentes nas aldeias do município, sobreviveu milagrosamente ao ser atacado e lutar com uma onça pintada, o animal felino mais temido das américas.
Um vídeo com entrevista concedida por Erivaldo a uma TV Nativa, de Alta Floresta, Nortão de Mato Grosso, mostra os ferimentos que sofreu na cabeça, segundo ele, todos provocados pelos dentes do felino, já que segurava sua pata para se defender.
Erivaldo é de uma família indígena muito conhecida em Juara, onde morou por muitos anos, seu irmão Edivaldo Morimã é chefe da Funai no município, inclusive ele chegou a ser candidato a vereador em 2008.
O ataque da onça aconteceu por volta das 07 horas da manhã, no município de Nova Bandeirantes, em Mato Grosso, na região do Salto Augusto, no Rio Juruena.
O indígena disse na entrevista à TV, que sobreviveu graças a força que Deus lhe deu e que ele foi um anjo da guarda para seus sobrinhos, que estavam com ele e depois eles foram seus ajudas da guarda, o salvando das garras do felino.
“Eu vi a onça se preparando para atacar meus sobrinhos, nesse momento eu gritei para eles, porém o animal desistiu de ataca-los, se voltou contra mim e me atacou ferozmente”. Disse Erivaldo na entrevista.
Segundo a entrevistadora, Erivaldo foi socorrido pelos sobrinhos, levados de barco, depois até o aeroporto da cidade, de onde o transportaram para o Hospital Albert Sebin, em Alta Floresta. Lá foi submetido a cirurgia, levando mais de 150 pontos no corpo, principalmente na cabeça e nas costas.
Após ser atacado, Erivaldo conta que gritou por socorro, o que alertou seus jovens primos que correram em sua salvação. “A onça iria atacar os dois irmãos, mas Erivaldo veio antes e foi atacado no meio do caminho. Felizmente, eles estavam próximos e ouviram seus gritos”, detalhou o cacique.
Ele disse que seus sobrinhos foram muito heróis e que não deseja o mal para o animal, pois ele está em seu habitat natural e que já aconteceu outras vezes, inclusive, já matou parentes indígenas com sua fúria.
Erivaldo entendeu que o animal fugiu por entender que ele já estava morto e que mais tarde voltaria para comer a presa.
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Fonte: Aparicio Cardozo/Show de Notícias