Juína/MT, 19 de Janeiro de 2025
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19 de Janeiro de 2025

COVID-19 Quarta-feira, 14 de Abril de 2021, 09:08 - A | A

Quarta-feira, 14 de Abril de 2021, 09h:08 - A | A

Covid-19 mata pacientes por falta de insumos e remédios em Cuiabá

Pacientes internados nas unidades públicas de saúde de Cuiabá específicas para o tratamento de covid19 estão morrendo por falta de medicamentos e insumos, que se aproximam a 250 itens listados pelas gerências dos órgãos em documentos aos quais a reportagem teve acesso. Profissional que atua no Hospital Referência, o antigo Pronto-Socorro, denuncia a situação e aponta a ausência de insumos e remédios desde os necessários para doentes intubados até itens básicos como algodão, gazes e luvas. O registro de óbitos não está limitado ao hospital, mas atinge policlínicas e unidades de pronto atendimento (UPAs). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem sendo oficiada pelos gestores das unidades há quase um mês com o alerta sobre a baixa de estoque.

No dia 18 de março deste ano, a responsável pela farmácia da UPA do Pascoal Ramos encaminhou um ofício para a SMS alertando que a unidade (que se tornou referência para atendimento de pacientes com covid-19 desde 3 de março) passou a ter acréscimo significativo no consumo de medicamentos e insumos. No documento, frisa que o reabastecimento do estoque é de extrema urgência e elenca a necessidade de 50 itens, dentre eles antibióticos, sondas, tubos endotraqueal, cateter e luvas.

Um dia depois, o setor farmacêutico da UPA Morada do Ouro também informou à coordenação da unidade sobre a escassez de 23 tipos de medicamentos e 10 insumos. No ofício, é destacado que “a falta destes insumos compromete o bom atendimento dos pacientes, caso não seja providenciada a aquisição do material, corremos o risco do paciente não receber o atendimento necessário”.

No dia 23 de março, a coordenação da Policlínica/UPA do Verdão encaminhou um ofício reforçando um pedido realizado no dia 16 do mesmo mês referente à reposição de 78 medicamentos rotineiros e outros 20 tipos de medicamentos controlados. Na mesma data, o setor de Farmácia da UPA Pascoal Ramos voltou a acionar a SMS informando que o estoque de medicamentos para sedação da unidade estava zerado. A farmacêutica responsável ainda destaca que “a situação é crítica, podendo acarretar em complicações aos pacientes intubados, dentro deles aumento demasiado de óbitos”.

Apesar dos inúmeros ofícios encaminhados para a SMS, as direções das unidades de saúde mencionadas anteriormente não receberam retorno por parte da Prefeitura. Diante da situação, no dia 24 de março, o coordenador técnico de Atenção Secundária, Fábio Lucas Morais, e o coordenador técnico de Assistência Geral, Wille Marcio Nascimento Calanzas, assinaram um outro documento enfatizando a necessidade do atendimento dos pedidos feitos por todas as unidades e elencaram 9 pedidos de diferentes unidades. “Diante disso, ressaltamos a importância de prover o que segue relacionado, devido à pandemia da covid-19 houve um aumento significativo dos casos nas últimas semanas, sendo assim, esses insumos são indispensáveis durante o atendimento nas unidades de urgência e emergência”, destacaram os coordenadores.

 Outro lado

A Secretaria Municipal de Saúde se posicionou sobre a denúncia com a seguinte nota.

"Em relação ao requerimento que o Ministério Público de Contas protocolou no Tribunal de Contas solicitando uma fiscalização dos medicamentos e insumos utilizados em pacientes nas UTIs, a Secretaria Municipal de Saúde - SMS informa:

-O Hospital Referência covid-19 e o Hospital São Benedito, ambos utilizados para atendimento exclusivo de pacientes com covid estão à disposição para a fiscalização dos órgãos de controle;

-Sobre a falta de alguns medicamentos detectada no antigo Pronto-Socorro, o problema já foi sanado com as entregas diárias que têm sido realizadas na unidade;

-Importante lembrar que os hospitais trabalham com uma demanda altíssima e que mesmo enfrentando deficiências em recursos humanos em razão da alta demanda, continuam a salvar vidas.

-Diante do aumento significativo do número de internações de pacientes em estado grave, alguns itens, em especial os utilizados para o tratamento e intubação de pacientes com covid-19 estão escassos. Essa é uma situação que vem sendo verificada em Cuiabá e em outros municípios brasileiros

-Com o propósito de suprir as necessidades da rede pública municipal de Saúde, quando algum problema no fornecimento de medicamentos ou insumos é detectado, imediatamente a distribuição é reorganizada para atender as necessidades pontuais das unidades.

- A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, reafirma que tem mantido tratativas constantes junto as empresas fornecedoras a fim de evitar a falta desses medicamentos e insumos. Oportuno esclarecer que também sofre com a alta de preços de itens".

 

 

Fonte: Elayne Mendes/ GD

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