Um ano após a morte de Bruna de Oliveira, 24, o acusado de assassinato Wellington Honorato dos Santos, 32, segue preso sem julgamento. O processo tramita na 1° Vara Criminal de Sinop (500 km a leste de Cuiabá) e está sem andamentos por falta de manifestação da defesa do réu. Em maio, o detento pediu liberdade, mas o recurso foi negado.
A última atualização do caso foi no dia 30 de maio deste ano, quando a juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade intimou que o advogado do acusado apresente testemunhas de defesa.
Na decisão, ela afirma que, caso o advogado não cumpra suas tarefas, “será aplicada multa no valor de 10 salários mínimos, nos termos do artigo 265 do Código de Processo Penal, ao passo que a Secretaria da Vara deverá expedir ofício ao órgão disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), para providências inerentes ao caso”.
Expirado o prazo de manifestação, o acusado será intimado pessoalmente para que em 5 dias troque sua defesa, ou será nomeado um defensor público.
No documento, ela ainda manteve a prisão preventiva do acusado, após pedido de revogação da mesma.
Relembre o caso
Na noite do dia 2 de junho, a equipe plantonista da Polícia Civil de Sinop foi acionada para atender a ocorrência de localização do corpo de Bruna de Oliveira, 24, no bairro Parque das Araras.
A vítima foi localizada em uma valeta em área de mata fechada, nas proximidades da rua das Orquídeas. Ela estava com uma corrente enrolada no pescoço, presa com um cadeado, com rigidez cadavérica e marca de degola.
Após a perícia, o Corpo de Bombeiros fez a remoção da vítima da valeta e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necrópsia. Segundo informações de familiares, no dia 1 de junho, a vítima havia saído com o suspeito e não foi mais vista.
Familiares entraram em contato com Wellington, que disse que deixou a vítima em casa por volta das 22h. No domingo, parentes da vítima foram até a casa do suspeito, porém, ele já havia se mudado e do lado de fora do apartamento havia sangue pelo chão, embora já tivesse sido jogada água para limpar.
Desconfiado do que pudesse ter ocorrido, o irmão da vítima passou a procurar por ela nas proximidades, encontrando o corpo jogado na valeta.
Vídeo de câmara de segurança, que circulou nas redes sociais na época, mostra a vítima amarrada por uma corrente, sendo arrastada por uma motocicleta.
Wellington Honorato dos Santos foi preso no dia 3 de junho, em Nova Maringá (400 km a médio-norte de Cuiabá). Em depoimento, ele alegou que no dia do crime estava fazendo o uso de cocaína e álcool com a vítima e após uma discussão, agarrou o pescoço dela com as duas mãos, lançou a mulher no chão e bateu sua cabeça até ela desfalecer. Momento em que ele percebeu que estava morta e que precisava tirar o corpo.
Diante da situação, ele pegou uma corda, amarrou no pescoço de Bruna e prendeu na motocicleta. Ele afirmou ainda que foi a única ideia que teve, já que não conseguia carregá-la. O acusado arrastou o corpo da vítima até a vala, onde ele foi jogado. Ele alegou que estava em “surto”.
Fonte: GD