A Record finalmente se manifestou sobre os rumores e notícias de que já tenha descartado a renovação do contrato do apresentador Rodrigo Faro, e que esteja procurando outros nomes, como o de Márcio Garcia.
A pedido desta coluna, a emissora afirmou em nota que Garcia não está em seus planos e que "a única negociação existente é a renovação do contrato de Rodrigo Faro".
O problema é que, até ontem (17), a emissora ainda não havia procurado Rodrigo Faro para tratar de sua continuidade (ou não) na grade da emissora. O contrato termina à 23h59 do próximo dia 31.
Faro está há 14 anos na emissora de Edir Macedo e já foi considerado uma das maiores revelações da TV brasileira —quando migrou da dramaturgia na Globo para o entretenimento de palco na Record.
O apresentador tem 49 anos e, segundo o site "Metrópoles", recebe hoje cerca de R$ 1,2 milhão por mês. O interesse da Record é renovar com um corte de 75% nesse valor.
Procurou, sim
Mais: nas últimas semanas executivos da Record se encontraram com Fausto Silva, na casa do próprio apresentador, em São Paulo, para sondá-lo sobre uma proposta financeira que o fizesse trocar o palco do Morumbi pelo da Barra Funda.
Faustão também manteve conversas com executivos do SBT.
Como o colunista Lucas Pasin, do UOL, publicou ontem, Guilherme, filho de Faustão, afirmou que o pai continuará na Band.
Faustão e a Band têm um acordo até 2024. Mas o contrato deixa aberturas para que ambas as partes possam rompê-lo sem multas ou contratempos.
Estratégia da Record
Todo o "frisson" causado pela renovação de Rodrigo Faro é causado pela própria Record. Isso já ocorreu no passado em outros momentos de renovações, como de Gugu (1959-2019), Xuxa e Ana Hickmann.
Motivo: nos últimos dez anos, a estratégia da Record para negociar renovações passou a ser deixá-las para os "45 minutos do 2º tempo".
Ou seja, com raríssimas exceções, a emissora deixa os profissionais livres para procurar outras emissoras, e só os procura quando faltam 48 horas para o contrato vencer.
Por que a Record faz isso? Ora, porque, tendo a certeza que o artista não arrumou nada em outra TV, a emissora fica tranquila para reduzir bastante os salários do contrato anterior. Ou então deixa o artista partir.
Porém, a justiça deve ser feita: salários como o de Faro e outros apresentadores da TV brasileira estão absolutamente fora da realidade hoje.
Principalmente porque os rultados comerciais e de ibope que esses artistas tinham anos atrás, hoje estão apenas na memória.
Fonte: Uol