Pessoas de vários países tentam cruzar fronteiras ilegalmente para fugir da fome, de guerras e de outras situações de vulnerabilidade, se expondo aos riscos da viagem.
Mesmo quem consegue chegar ao destino, não está livre de histórias tristes e perigosas.
Na maioria das vezes, essas pessoas entram a pé ou através de barcos, mas o desespero faz com que alguns busquem alternativas perigosas.
Alguns dos casos marcantes deste ano
Mais de uma dúzia de imigrantes fugiram para a Espanha no dia 7 de dezembro após escaparem de um avião da Pegasus Airlines que fez um pouso de emergência em Barcelona quando uma mulher grávida a bordo fingiu estar em trabalho de parto.
Depois que o voo, que ia de Casablanca, no Marrocos, para Istambul, na Turquia, pousou, 28 migrantes conseguiram fugir da aeronave, mas 14 acabaram detidos pela polícia, informa a agência de notícias Reuters.
A mulher, enquanto isso, foi examinada em um hospital e foi determinado que ela ainda não havia entrado em trabalho de parto, disse o governo
Um imigrante entrou ilegalmente na Espanha voando de parapente em 6 de dezembro.
O caso aconteceu em Melilla, cidade autônoma espanhola que fica no Marrocos e que tem uma cerca na fronteira — com mais de 12 quilômetros de comprimento e, em alguns pontos, 10 metros de altura — para dificultar que pessoas sem visto a cruzem para a Europa.
Dos mais de 29 mil imigrantes ilegais que entraram na Espanha por terra ou mar até agora, neste ano, cerca de 1.300 cruzaram a fronteira de Melilla, segundo o Ministério do Interior espanhol.
Em junho, pelo menos 23 imigrantes morreram ao tentar chegar à cidade, uma das piores tragédias registradas na região.
A guarda costeira da Espanha encontrou em 28 de novembro três imigrantes ilegais que viajaram de Lagos, na Nigéria, até as Ilhas Canárias, arquipélago espanhol no noroeste da África, sentados sobre o leme de um navio cargueiro.Segundo dados de sistemas de geolocalização, a embarcação não fez nenhuma pausa ao longo de todo o trajeto de 11 dias.
As três pessoas estavam desidratadas e com a temperatura do corpo muito abaixo do normal. Elas foram resgatadas, levadas para o porto e receberam cuidados médicos em um hospital da região.
Agentes especiais do Texas descobriram mais de 50 imigrantes ilegais escondidos em um contêiner Conex de ferro-velho e prenderam cinco supostos contrabandistas de pessoas acusados de orquestrar a operação do trator-reboque no dia 28 de novembro.
Os imigrantes — 35 homens, 10 mulheres e oito jovens do México, Guatemala e El Salvador — foram encaminhados à Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos.
Uma criança migrante foi encontrada dentro de uma caixa de papelão com a palavra "França" a bordo do navio humanitário "Ocean Viking", que atracou em 11 de novembro no porto militar de Toulon, no sul da França, com 230 migrantes resgatados no Mediterrâneo, em frente à costa da Líbia.
A embarcação atracou no cais francês após ficar três semanas à deriva, em uma busca sem sucesso por um porto seguro na Itália. As autoridades italianas argumentaram que o país recusou a abrir seus portos, pois os outros países deveriam assumir mais responsabilidades para receber migrantes que tentam chegar à Europa a partir do norte da África a cada ano.
Agentes da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos detiveram no estado de Novo México, em 19 de agosto, três imigrantes indocumentados que, usando uma camuflagem que os fazia parecer o personagem Chewbacca, de Star Wars, tentavam passar despercebidos.
Entre outubro do ano passado, quando começou o ano fiscal de 2022, e julho deste ano, a Patrulha de Fronteira apreendeu mais de 2,2 milhões de migrantes indocumentados no sul e no sudoeste do país.
Cinquenta e três migrantes morreram após serem abandonados e expostos a altas temperaturas dentro de um caminhão na beira de uma rodovia, em uma área pouco movimentada de San Antonio, no estado americano do Texas, no dia 27 de junho.
Dentro do veículo estavam 66 imigrantes ilegais que tentavam entrar nos Estados Unidos.
Quando os bombeiros chegaram ao local, 46 pessoas já estavam mortas. Outros oito foram socorridos, mas morreram no hospital.
Um imigrante ilegal escondido no compartimento do trem de pouso de um jato da American Airlines sobreviveu a um voo do país natal dele, a Guatemala, para Miami, onde foi entregue às autoridades de imigração dos EUA e levado a um hospital para avaliação, em 28 de novembro de 2021.
Segundo o jornal The Guardian, a Guatemala foi responsável por uma grande parte de cerca de 1,7 milhão de migrantes detidos ou expulsos por agentes de fronteira dos EUA no ano passado, muitos deles centro-americanos fugindo de gangues violentas e da pobreza extrema.
Fonte: R7