Com quatro assassinatos verificados entre a sexta e o domingo, ou seja, na transição de uma semana para outra, Sorriso, a 487 km de Juína, mantém a triste referência de cidade mais violenta do Estado.
A primeira vítima, na sexta, 15, foi o empresário Rayan Vieira Araújo de 32 anos, executado por dois homens, que se utilizaram do “modus operandi” mais comum, nestes casos. Ou seja, dois homens, de motocicleta, abriram fogo contra ele no local conhecido como “Espeto do Pará”, no Bairro Novos Campos.
No sábado, 16, foram dois homicídios. O primeiro, do suspeito de tráfico Nelson Antônio Heuert Júnior, de 34 anos, quando abastecia o veículo – caminhonete Ford Ram – num dos postos da cidade. No Bairro São José II, um idoso de 67 é suspeito de ter matado, a facadas, Erivaldo Oliveira Rodrigues, de 37 anos.
No domingo, 17, um homem de 35 anos, Juscelino dos Santos, foi morto a tiros em sua casa, na Rua Laudicéia, no Bairro Fraternidade, por três criminosos que teriam chegado ao local num veículo Gol.
Num dos últimos levantamentos sobre violência no país, do Anuário Brasileiro de Segurança, Sorriso, município conhecido por seu potencial agrícola, sendo o maior produtor individual de soja do mundo, foi o mais violento da região Centro Oeste e 6º no Brasil.
Entre os vários crimes, conceituados como “bárbaros”, ocorridos na cidade, o de novembro de 2023, que tirou a vida de uma mãe e três filhas, num episódio que envolveu o seu estupro e o de duas das filhas, no Bairro Florais da Mata, chocou o país pelo nível de crueldade.
Município de gente trabalhadora, pujante, certamente coloca o tema como prioritário nos cenários de decisões. “Não queremos ser conhecidos pela violência”, registrou nas redes sociais um internauta, num espaço de discussões.