Uma série de diligências policiais resultou na prisão de vários suspeitos ligados ao tráfico de drogas e ao Comando Vermelho (CV) em Aripuanã, região que vive dias de tensão devido ao aumento da violência provocada por disputas entre facções criminosas. A cidade enfrenta uma onda de sequestros, execuções e desaparecimentos de pessoas envolvidas com o tráfico.
Segundo informações preliminares, pelo menos quatro pessoas estão desaparecidas, e a facção tenta monopolizar o comércio de drogas na região, decretando a morte de quem se recusa a vender entorpecentes para o grupo.
A operação das forças de segurança foi desencadeada após o sequestro de Cleverson Bordignon, que foi localizado morto horas depois, com marcas de tiros. Investigações apontaram que um dos envolvidos teria usado uma motocicleta Honda Pop branca e seguido, junto com outros suspeitos, no carro da vítima em direção ao setor de chácaras Osni, na estrada do Boião.
Equipes da Força Tática do 8º Comando Regional, da ROTAM, da 10ª CIPM de Aripuanã e da Polícia Civil seguiram até o local indicado, onde residia Cleyton Aparecido Da Silva Candido, 32 anos, vulgo "Coelhão", apontado como integrante da facção CV.
Na chegada, os policiais visualizaram a motocicleta mencionada e flagraram o suspeito dispensando uma sacola no quintal. Durante a abordagem, o suspeito permitiu a entrada dos policiais em sua residência.
No quintal, os agentes encontraram a sacola contendo uma quantidade significativa de entorpecentes. Dentro da casa, foram localizados mais drogas escondidas em uma lata de leite em pó e munições de diversos calibres guardadas em um recipiente de plástico. Cleyton e sua esposa foram presos em flagrante.
Em continuidade às diligências, a polícia recebeu denúncia de uma tentativa de homicídio na Vila do Garimpo. Durante abordagem a um veículo de transporte por aplicativo (Uber), os ocupantes demonstraram nervosismo, o que motivou uma busca no automóvel. Em uma mochila preta no banco da frente, os agentes encontraram entorpecentes.
Apesar de todos os passageiros negarem a propriedade da droga, a mochila foi identificada como pertencente a Miqueias da Silva Conceição, que ocupava o banco da frente. Ele também foi preso em flagrante.
Ainda na mesma localidade, policiais foram até o Pronto Socorro Municipal verificar informações sobre possíveis feridos relacionados à tentativa de homicídio.
Durante a permanência da equipe no hospital, uma mulher identificada como Bruna Santos Souza, conhecida como "Preta Gil", demonstrou comportamento suspeito ao desembarcar de outro veículo Uber.
Ao ser abordada, Bruna admitiu fazer parte do Comando Vermelho e revelou que havia ido ao hospital encontrar um comparsa para se dirigirem à casa de um suspeito envolvido no sequestro e execução de Cleverson.
As equipes descobriram que ela retirou drogas e munições do local, indicando aos policiais onde o material estava escondido. Os entorpecentes e munições foram apreendidos, e Bruna também foi presa em flagrante.
As investigações continuam, e a polícia segue em busca dos desaparecidos e de outros possíveis envolvidos com a facção criminosa. A situação em Aripuanã é considerada crítica, com o avanço do crime organizado e desafios enfrentados pelas forças de segurança para combater o domínio do tráfico na região.
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