Com um projeto que visa ampliar as conciliações e reduzir o acervo processual, a Vara do Trabalho de Juína é finalista da primeira edição do prêmio ‘Cooperari - Estratégias para Evoluir’, promovido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). A competição divulga medidas judiciais e administrativas que podem ser implementadas nacionalmente para aprimorar o Sistema de Justiça trabalhista.
A votação está aberta ao público até 30 de junho no site do prêmio Cooperari (clique aqui).
A unidade de Juína está entre as cinco finalistas de primeira instância com a ação “Aplicação da teoria da misericórdia/solidariedade como mecanismo de aumento das conciliações e, por consequência, redução do acervo processual”.
O projeto prevê uma conduta ativa do magistrado e o aproxima do conflito, visando promover maior efetividade na solução do litígio. Segundo o juiz da Vara do Trabalho de Juína, Adriano Romero, a iniciativa inova ao requerer do magistrado uma mudança na postura para que ele demonstre preocupação com o caso, proporcionando maior espaço para a solução mais adequada ao conflito.
Romero explica que o projeto é essencial, sobretudo neste período pandêmico, no qual muitas empresas estão entrando em recuperação judicial e falência e muitos trabalhadores ficaram desempregados.
Diante desse cenário, o projeto foi construído para permitir que o juiz, juntamente com o trabalhador, a empresa, advogados e o MPT, sentem-se juntos, de forma virtual ou presencial, para construir uma solução definitiva para o processo.
Ele explica que a execução implica em uma postura proativa do magistrado, que deve buscar as partes, seja por WhatsApp, e-mail, telefone etc. “É um projeto que exige um outro olhar. Exige um diálogo ativo. Ouve o clamor por justiça, mas consegue, de maneira imparcial, fazer todos se abrirem para uma conciliação”, afirma.
Ser finalista nesse prêmio demonstra, segundo Adriano Romero, que a Justiça do Trabalho em Mato Grosso está no caminho certo. “É uma honra. Mostra que os magistrados desta justiça especializada tem sensibilidade suficiente para se colocar no lugar do outro, sentir suas dores e transformar essas dores em solução definitiva para o caso”.
Prêmio
O Cooperari pretende proporcionar melhores condições para o alcance de metas e objetivos estratégicos da Justiça do Trabalho, além de otimizar a qualidade do gasto público. Busca, ainda, incentivar a inovação e a padronização de práticas judiciais e administrativas, proporcionar maior qualidade de vida no trabalho e estimular a participação da sociedade na melhoria do sistema de Justiça.
Segundo o regulamento, as propostas enviadas para participar do prêmio teriam de contemplar ao menos um dos quatro objetivos do Planejamento Estratégico da Justiça do Trabalho: garantir a duração razoável do processo, assegurar o tratamento adequado dos conflitos trabalhistas, incrementar o modelo de gestão de pessoas e aprimorar a governança de tecnologia da informação e comunicação.
As dez propostas finalistas concorrem em duas categorias (primeiro e segundo grau) e as duas iniciativas de cada instância que obtiverem mais votos serão consideradas vencedoras.