Funcionários da rede municipal de educação, aproveitaram as comemorações do dia Internacional Da Mulher para realizar um manifesto em frente a Prefeitura Municipal De Juína. O evento acontece durante toda esta quarta-feira.
Segundo o que informou o presidente do SINTEP (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do MT), professor Carlito Pereira Da Rocha, a manifestação tem como objetivo deliberar sobre os direitos dos profissionais da educação que estão lutando para que o piso salarial dos professores seja equiparado ao piso nacional e a jornada de 30 horas para os profissionais do apoio, e também sobre a proposta feita pelo chefe do executivo que não atende o que a categoria necessita, sendo a primeira administração municipal que não paga o piso salarial dos educadores, uma vez que os demais prefeitos cumpriram com o pagamento do piso, mesmo que de forma proporcional.
Carlito Pereira disse que a manifestação ainda envolve a problemática da retirada do pagamento dos adicionais e insalubridade aos demais trabalhadores, principalmente para os técnicos em transporte escolar, que recebem apenas insalubridade, quando também deveriam receber o adicional de periculosidade, devido ao transporte não oferecer risco de insalubridade e sim de perigo.
A professora e sindicalista Elani Lobato Dos Anjos, disse que todos os movimentos são voltados para provocar o lado solidário e humano das autoridades responsáveis para que haja um entendimento não somente de forma técnica, e as pautas em reinvindicação são todas voltadas para o bom andamento da educação dentro e fora da sala de aula, e que mediante ao grande índice de atestados médicos dos educadores, se faz necessário repensar e respeitar a carga horária dos profissionais, sem sobrecarrega-los.
Ela pontuou ainda sobre a educação pública, que só consegue avançar um passo, mediante a muitas lutas e manifestações, que é a única forma de se conquistar e fazer valer os direitos sem mexer no salário dos trabalhadores retirando o poder de compra e sobrevivência das famílias.
Procurado, o secretário de educação, Ericson Leandro De Oliveira, disse que o piso está sendo pago aos profissionais do magistério na cidade de Juína, porém, o que o sindicato pretende é que o pagamento seja estendido a outras categorias com mestrado e doutorado, e para cumprir a folha seria necessário extinguir algumas secretarias e órgãos para pode atender as reinvindicações do sindicato, e sem recursos extras, se faz necessário calcular e analisar o que realmente pode ser feito, e ressaltou que as profissionais da nutrição que somam-se mais de 60, passaram a receber a insalubridade, enquanto os técnicos do transporte escolar perderam o adicional, sendo eles orientados a formar uma comissão e contratar um engenheiro em segurança do trabalho e contestar o laudo técnico realizado pelo prefeito municipal.
O prefeito Paulo Veronese também concedeu entrevista e falou sobre as reuniões já realizadas com os profissionais, e pontuou sobre uma medida emergencial que foi criada para garantir o pagamento emergencial dos adicionais aos funcionários que ganham abaixo de 02 salários mínimos pelos próximos seis meses, até que se chegue ao consenso de quem deve ou não receber adicionais de periculosidade/insalubridade, sendo tudo uma questão de tempo e diálogo para com a classe trabalhadora.
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