Ao noroeste de Mato Grosso, a 720km da capital, Cuiabá, Juína já registra cerca de 14 casos de afogamento apenas este ano.
Segundo a 14ª Companhia Independente Bombeiro Militar (CIBM), esses registros aconteceram entre os meses de janeiro a outubro. De acordo com o Soldado BM Calazans, os casos estão ligados ao período de clima seco e estiagem, período este em que as pessoas acabam procurando por rios, na intenção de se refrescarem, diminuindo o calor da época.
O grande problema nesse momento é que muitos acabam ingerindo bebidas alcoólicas, entram nos rios sem itens de segurança como o colete salva-vidas, ultrapassando o limite permitido que é o nível da cintura, colocando suas vidas em risco. Outro agravante é o fato de muitos sequer saberem nadar, fatores que contribuem diretamente para que haja esse número elevado de casos de afogamento.
Forte correnteza, pedras e baixa visibilidade também são fatores que contribuem muito para que esses números cresçam.
“Normalmente os casos acontecem até em áreas rasas, as pessoas acabam achando que vão dar conta de chegar a um determinado local, e por um descuido se afogam”, destacou o soldado em entrevista.
O último caso aconteceu há mais ou menos exatos 15 dias, na região de Juara, por volta das 17h, em que a vítima decidiu dar um último mergulho afirmando que iria chegar até uma pedra cerca de 30 metros das margens. A correnteza o tirou do sentido em que nadava, o que fez ele não conseguiu retornar e, consequentemente, se afogar.
O Corpo de Bombeiros alerta que para evitar tragédias como essa, é indispensável o uso dos coletes salva-vidas e nunca adentrar o rio quando o nível dele estiver começando a ultrapassar a linha da cintura.
Ainda de acordo com informações do Soldado BM Calazans, essas fatalidades normalmente acontecem em lugares já conhecidos, bem frequentados, em que as pessoas até tem a ciência do perigo.
Atenção redobrada com as crianças:
O Corpo de Bombeiros faz um alerta aos pais e responsáveis, pedindo que redobrem a atenção com os pequeninos, que fiquem de olho em tudo o que eles forem fazer e não dispensar, em hipótese alguma, o uso dos itens de segurança, em especial o colete salva-vidas, visto que qualquer descuido pode ser fatal.
Em casos de afogamentos, o Corpo de Bombeiros recomenda que outras pessoas não entrem nos rios tentando salvar outrem, visto a possibilidade de ser uma mais nova vítima. A recomendação maior é que os profissionais sejam imediatamente comunicados e acionados, e que no máximo as pessoas tentem salvar com cordas, tentar jogar coletes salva-vidas.