Juína/MT, 14 de Setembro de 2024
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14 de Setembro de 2024


Mato Grosso Quarta-feira, 19 de Outubro de 2022, 09:10 - A | A

Quarta-feira, 19 de Outubro de 2022, 09h:10 - A | A

Mato Grosso tem maior área derrubada em 15 anos

Com 1.369 mil quilômetros quadrados de floresta derrubados, Mato Grosso registrou, em 2022, a maior área de desmatamento na Amazônia dos últimos 15 anos, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A área devastada é a maior desde 2008, quando a instituição implantou o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) que monitora a Amazônia Legal. No acumulado de janeiro a setembro, Mato Grosso só fica atrás do Pará (3.161 km2) e do Amazonas (2.399 km2). Ao todo, a área degradada é de 9.069 km2, número que é 8 vezes maior que a cidade do Rio de Janeiro.    

Em Mato Grosso, a série histórica aponta que após queda de 27% entre 2018 e 2019, a área de desmatamento só cresceu nos últimos 4 anos, saltando de 804 km2 para 1.369 km2, em 2022. Na outra ponta, de 2012 (288 km2) e 2010 (317 km2) tiveram os menores índices.  

Segundo o relatório, o desmatamento tem avançado em regiões próximas à fronteira com o Amazonas e Rondônia, alcançando unidades de conservação e terras indígenas. Os municípios que mais desmataram são Colniza, Nova Maringá, Juína, Cotriguaçu, Nova Monte Verde e Nova Canaã do Norte.  

O instituto também monitora a degradação florestal, quando a vegetação é danificada pelas queimadas. Mato Grosso concentrou 74% de toda degradação da Amazônia Legal em setembro deste ano, com 3.865 km2 de área degradada, um aumento de 304% em comparação com 2021.  

“Mato Grosso está há 3 meses seguidos como líder no ranking de degradação”, alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon, lamentando a perda para a biodiversidade e o impacto na saúde da população. “Esses altos níveis de destruição não só ameaçam a biodiversidade e os povos e comunidades tradicionais, mas afetam também a vida de toda a população. A derrubada da floresta impacta no aumento das emissões dos gases do efeito estufa, responsáveis pela mudança climática e pelos eventos extremos”.

Outro lado

Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que utiliza dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), discorda dos dados do Imazon e alega que Mato Grosso reduziu em 47% o percentual de desmatamento na Amazônia Legal entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com 2021.

 

 

Fonte: GD

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