A China lançou neste sábado (8) três dias de exercícios militares em torno de Taiwan, que representam "uma advertência severa às forças separatistas" da ilha autogovernada, anunciou o porta-voz militar Shi Yi.
As manobras acontecem em um contexto de tensão com a ilha do Pacífico, após uma reunião da presidente Tsai Ing-wen com o deputado Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Estados Unidos.
O Exército de Libertação Popular da China "irá organizar, de 8 a 10 de abril, um exercício de preparação para o combate com o Estreito de Taiwan, nas partes norte e sul da ilha e no espaço aéreo a leste da ilha", informou a instituição militar.
O Ministério da Defesa de Taiwan informou que detectou 13 aeronaves e três embarcações militares chinesas em torno da ilha por volta das 6h locais, e que quatro dos aparelhos haviam entrado na zona de identificação de sua defesa aérea. Segundo a pasta, os exercícios militares anunciados pela China ameaçam "a estabilidade e segurança" da região.
O ministério acusou a China de usar a visita da presidente Tsai Ing-wen aos Estados Unidos “como desculpa para realizar exercícios militares que minam gravemente a paz, a estabilidade e a segurança na região”.
Nos últimos dois dias desta semana, helicópteros e navios de guerra chineses foram vistos próximos de Taiwan.
Taiwan se considera um território autônomo da China, inclusive com governo próprio. Já o país comandado por Xi Jinping não aceita a independência da ilha e já afirmou várias vezes que pretende retomar a região, inclusive com o uso da força se necessário. Os Estados Unidos apoiam Taiwan e reconhece sua autonomia.
Fonte: R7