Outros dois suspeitos de fazer parte do grupo que aplica golpes com venda de cabeças de gado foram presos nesta quarta-feira (25), em continuidade da Operação Fake Farmer, deflagrada pela Polícia Civil.
Os investigados se apresentaram na Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá e confessaram fazer parte do esquema.
Segundo a polícia, o grupo aplicava o golpe em negociações agropecuárias. Os integrantes envolviam valores altos e exploravam a precariedade do sinal de internet nas zonas rurais, em que parte da transação era desenvolvida.
Ao todo, foram presas 39 pessoas, sendo 38 por mandados de prisão e uma por flagrante.
Entenda o caso
O objetivo da operação Fake Farmer é cumprir 57 mandados de prisão, 61 mandados de busca e apreensão em diversos municípios de Mato Grosso. Os investigados praticaram crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a operação deu cumprimento ao sequestro judicial de R$ 1,5 milhão e o bloqueio de mais de 830 contas bancárias ligadas aos investigados.
O setor agropecuário responde por grande parte da economia da região Centro-Oeste, motivo pelo qual as investigações desta modalidade de crime têm sido intensificadas.
O golpe
As investigações começaram após a comunicação de um golpe, ligado à compra e venda de grande quantidade de gado. Depois de manter contato com uma lista de corretores de gado, o golpista intermediava a venda, se apresentando ao real proprietário dos animais como devedor do comprador.
Ao comprador, o suspeito dizia que tinha adquirido o rebanho por meio de uma negociação imobiliária, enganando as duas vítimas.
Na negociação, o comprador era induzido a realizar seis transferências via PIX que totalizam R$ 1,5 milhão para o grupo. Depois de receber, eles dividiam o valor entre outras 52 pessoas envolvidas.
Fonte: G1 MT